Caixa de som ativa e passiva. Qual é a melhor?

Vamos aprender um pouco mais sobre caixa de som ativa e passiva e entender quais são seus prós e contras.

Mais uma vez, quero iniciar este artigo citando uma passagem bíblica para encorajá-los. “Meus irmãos, considerem motivo de grande alegria o fato de passarem por diversas provações, pois vocês sabem que a prova da sua fé produz perseverança. E a perseverança deve ter ação completa, a fim de que vocês sejam maduros e íntegros, sem que falte a vocês coisa alguma” – Tiago 1:2-4.

Iniciando agora nosso assunto em foco, quero primeiro dizer a vocês que não existe “caixa ativa é sempre melhor”, “caixa passiva é sempre melhor”, o que existe é o produto certo para satisfazer à necessidade do seu ambiente.

Portanto, reforço a necessidade de haver um projeto para o sistema de som da igreja – clique aqui para ver mais sobre esse assunto. Antes de tudo, vamos detalhar aqui alguns pontos importantes sobre caixa de som ativa e passiva.

O que são caixas de som passivas?

Caixas de som passivas são caixas que necessitam do uso de amplificadores externos para alimentá-las. Os amplificadores externos possuem características muito importantes e que fazem diferença no timbre das caixas, mas isso é assunto para outro artigo.

O que são caixas de som ativas?

Caixas de som ativas são aquelas que possuem amplificadores internamente, não sendo necessário o uso de amplificadores externos. Nesse caso, a caixa precisa ser conectada à tomada para que haja alimentação no amplificador.

Esse tipo de caixa costuma possuir alguns parâmetros para ajustes. Geralmente, possui controle de nível de entrada do pré-amplificador (ganho) quando tem entradas específicas para microfones e instrumentos, algumas possuem equalizador paramétrico de 3 bandas (grave, médio e agudo) e o nível de saída (volume). Costumam ter também LEDs indicadores de clip (ou peak) na cor vermelha e leds indicadores de sinal (ou signal).

Prós e contras

O grande ponto a favor das caixas de som ativas é a praticidade, visto que elas já possuem o amplificador internamente, não sendo necessário mais um periférico, mais espaço, mais peso, etc.

No entanto, isso pode trazer também alguns pontos negativos. Em busca de um mercado em expansão, não é incomum vermos caixas ativas com preços semelhantes aos das caixas passivas. Tudo isso é conseguido feito através de materiais baratos e de menor qualidade em amplificadores fontes e demais circuitos. Estes podem influenciar a qualidade final do produto. No caso das caixas passivas, podemos escolher melhor e separadamente essas partes do processo.

Outro ponto a ser pensado é a pressão sonora (SPL). As caixas de som ativas são projetadas para um determinado nível sonoro e, caso esse nível seja ultrapassado, ela acende o led de clip e, em algumas caixas de som ativas, acontece de ela entrar em modo de proteção, impossibilitando a reprodução de qualquer áudio por um determinado período de tempo, para preservar a integridade de seus componentes.

Já nas caixas de som passivas, isso não ocorre, pois, normalmente, não há nenhum circuito de proteção de travamento ou indicação de sobrecarga de potência. Por esse motivo, é muito comum a queima ou danificação de componentes das caixas de som passivas, devido à sobrecarga proveniente de sistemas mal dimensionados, causando, portanto, distorções indevidas no som propagado pela caixa. Isso ocorre quando a caixa de som passiva recebe uma potência maior do que é projetada para receber.

A manutenção das caixas de som passivas pode a ser mais barata e fácil devido à simplicidade de construção, mas sempre dependendo da origem de sua manufatura e da facilidade de encontrar peças de reposição. 

Dimensionamento de sistemas

Anteriormente, comentei a respeito de dimensionamento de sistemas. Esse é um ponto fundamental, independentemente da utilização de caixas de som passivas ou ativas. O dimensionamento de sistemas é essencial para o melhor rendimento dos equipamentos utilizados. Ele minimiza manutenções corretivas por conta de sistemas mal dimensionados, proporcionando queima desnecessária de componentes.

Além disso, a qualidade do som no ambiente é maior quando o sistema está dimensionado, posicionado e operado corretamente.

Indico, particularmente, a utilização de caixas de som ativas caso sua realidade seja de eventos itinerantes, com pequenas estruturas e pessoas não tão capacitadas a operar, devido à praticidade e simplicidade de instalação associada aos recursos visuais de monitoramento que grande parte destas caixas possui, minimizando as chances de conexões equivocadas e sobrecarga das caixas.

No caso de estruturas fixas, com médio porte e pessoas minimamente capacitadas, vejo os sistemas passivos como boa opção se forem construídos com componentes de ótima qualidade. Porém, há a necessidade de um amplificador externo, o que talvez não seja do agrado dos responsáveis.

Nós temos um Guia de Compras exclusivo sobre esse assunto, veja aqui.

Vale lembrar que não existe um sistema perfeito, que é indicado para qualquer ambiente. Não há a “opção ideal” em relação a caixa de som ativa e passiva. Cada sistema é indicado para uma utilização, portanto, é importante que seja feito um projeto com uma empresa ou profissional especializado. Isto torna o investimento mais assertivo e mais barato em médio e longo prazo.


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