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Ju Farias, 03/08/2020
Você pode encontrar diferentes definições para a palavra timbre na internet, mas a que mais “soa” bem é: “o timbre é a identidade sonora de um instrumento ou voz”.
Tão importante quanto manusear um violão, uma guitarra, um violoncelo ou um pandeiro bem afinados, é saber identificar diversos tipos de instrumentos tocando uma mesma nota musical ou acorde.
O artigo de hoje vai falar sobre a importância do timbre para a música e o áudio, além de explicar como essa palavrinha mágica ajuda você a distinguir os sons e as ondas sonoras, ainda que possuam a mesma frequência, altura e intensidade.
Vamos conferir?
Característica sonora e sons da mesma frequência
Como já explicamos no início desse post, o timbre é o que nos permite diferenciar sons da mesma frequência, mas que foram produzidos por fontes sonoras diferentes. Sendo assim, é ele que trabalha para você distinguir o som da guitarra e do piano tocando a mesma nota, por exemplo.
Aliás, você já reparou que instrumentos de mesmo modelo e fabricante podem emitir sons diferentes? Quem trabalha com música sabe que isso é bem comum. O fato acontece porque é impossível produzir equipamentos iguais, ainda que estejam todos na mesma linha de montagem. O timbre de cada um deles será diferente. Aliás, o mesmo acontece com a voz.
O que é timbre e como ele processa o som?
Podemos dizer que ele é a impressão digital da voz ou do instrumento. Como já explicamos, cada som tem o seu timbre, ou seja, é praticamente impossível identificarmos duas pessoas com a mesma voz, muito embora alguns covers consigam chegar bem perto do timbre dos seus ídolos, com treino e dedicação.
Todo som que você já ouviu na vida foi produzido por vibrações. Elas formam as ondas sonoras captadas pelo ouvido humano. Sabe aquela ondulação que acontece na água quando jogamos uma pedra no rio? É mais ou menos esse o processo do som.
O que faz um timbre ser diferente do outro?
O timbre é a composição da nota fundamental (a nota do tocada no instrumento) com todos os seus harmônicos que vêm da interação da vibração senoidal do tom, com todos os elementos físicos do instrumento ou voz em questão.
Além disso, outros fatores impactam as vibrações produzidas como, por exemplo, o tamanho e forma dos instrumentos. É esse processo que explica a grande diferença entre um som estridente e o ronronar de um violoncelo, por exemplo.
O timbre é a cor do som
Você pode achar lindo a Maria Bethânia cantando Casinha Branca, mas pode não se agradar desta mesma canção na voz de Roberto Carlos. São timbres muito diferentes, não é mesmo?
Aí está a importância do timbre para a música e o áudio, e é por isso que ele é considerado a cor do som. É o timbre que dá liberdade para que a musicalidade exista, resista e se renove em suas mais diversas formas e ritmos.
É o timbre que torna o som do piano emocionante ou aquele solo de guitarra arrepiante. A inspiração vem dessa palavra pequena, mas grandiosa em seu significado e relevância.
E olha que lindo: também é o timbre da voz da mãe que o bebê reconhece logo após o nascimento. E haja o que houver, essa vibração o acalmará para o resto da vida.
