Cuidando de pilhas e baterias em equipamentos de áudio

Uma das coisas que todo músico tem é um timbre preferido para tocar, ou aquele timbre dos sonhos que deseja atingir. Músicos famosos construíram sua marca pessoal mais pelo som próprio que conseguem extrair do seu instrumento do que pela técnica excepcional ou canções específicas.

Para ajudar nessa tarefa, músicos utilizam, além do seu instrumento, equipamentos extras como pedais, pedaleiras e outros acessórios que ajudam nessa tarefa, encorpando e moldando o som de acordo com seu interesse. Além disso, dentro de um mesmo instrumento e, até mesmo, dentro de uma marca, cada peça tem um som único e especial.

Diversas vezes, esses equipamentos precisam de uma fonte de energia para executar essa tarefa. Eles alteram a maneira como o circuito elétrico e o sinal elétrico são recebidos pela mesa ou amplificador, e transformado em som além das notas e acorde. É nesse contexto que alguns deles utilizam pilhas ou baterias, o que requer um cuidado especial com manutenção e armazenamento.

De forma geral, peças que necessitem da utilização de pilhas e baterias são as que possuem um circuito ativo. É o caso dos baixos, captadores de guitarra, violões e pedais, por exemplo. Entretanto, vale frisar que um instrumento ou peça ativa não é “melhor” do que uma peça passiva, pois tudo depende do que o músico deseja atingir.

Modelos de pilhas e baterias

Por definição, existem vários modelos de pilhas e baterias. Porém, as pilhas são muito semelhantes às baterias, sendo que baterias são formadas por agrupamentos de pilhas em série ou em paralelo.

É comum que a carga das pilhas e baterias usadas em equipamentos de áudio dure por meses, se cuidada da forma correta. Um rápido consumo da carga sugere algum problema de manutenção ou nas próprias peças. Se o problema for recorrente, deve ser investigado por luthier ou assistência técnica de confiança.

Cuidados essenciais e modelos

O primeiro e essencial cuidado que se deve ter é sempre adquirir pilhas e baterias de marcas, lojas e vendedores de confiança e boa reputação. É bastante comum encontrar uma gama de opções falsificadas ou “genéricas” vendidas a um preço menor que o de mercado. Cuidado com essas mercadorias! Apesar do preço atrativo à primeira vista, no melhor dos casos elas terão desempenho inferior às originais e, nos piores, poderão gerar danos ao circuito do equipamento e uma grande dor de cabeça no futuro. Por esse motivo, seu preço não compensa.

Outra dica importante que vale não só para esse contexto, mas para todos envolvendo a música é: conheça seu equipamento. Os próprios fabricantes dos instrumentos e equipamentos de áudio que utilizam pilhas e baterias costumam assinalar em suas especificações sobre o tipo mais indicado a ser utilizado.

O tipo de bateria pode se referir ao material (lítio, Ni-MH, Ni-Cd, polímero de lítio, etc.), Tensão (voltagem, a mais comum é a de 9V para baterias e 1,5 V para Pilhas AA e AAA) ou gênero (alcalina, recarregáveis ou comuns). Existem alguns mitos referentes a tipos de bateria que não passam disso: mitos. Qualquer uma delas pode atender às suas necessidades, desde que atendam ao que foi descrito pelo fabricante e sejam comercializadas por lojas confiáveis.

Vazamento

Entre os problemas que uma bateria de qualidade ruim ou avariada pode causar está o seu vazamento, que pode comprometer a parte alimentada por sua energia, ou mesmo todo o instrumento. Nesse caso, se você não possui experiência na manutenção e conserto de peças elétricas e eletrônicas, é importante levá-la a um profissional que faça esse serviço o mais rápido possível, com intuito de verificar a extensão dos danos e efetuar eventuais reparos.

É importante frisar que, embora mais raro, o vazamento de pilhas e baterias pode acontecer mesmo nas melhores marcas, se não forem cuidadas da forma correta.

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Dicas sobre pilhas e baterias

No que se refere ao desempenho e duração, além dos cuidados já citados, alguns detalhes podem fazer a diferença:

  1. Se utilizar pilhas recarregáveis, deixe que percam completamente a carga antes de recarregá-las. Isso evita um possível “efeito memória” – ou “vício”, como é popularmente conhecido. O sinal de que uma fonte de alimentação desse tipo está no fim é bastante simples de reconhecer, com o som do instrumento ou efeito do equipamento saindo cortado e sem corpo e, geralmente, completo em questão de minutos;
  2. Nunca deixe cabos na entrada do instrumento ou input de equipamentos quando não os estiver utilizando. Mesmo desligados, caso estejam com cabos, eles continuarão a consumir energia, o que afetará consideravelmente a vida útil das pilhas e baterias;
  3. Utilize seu instrumento com frequência – ao menos, uma vez por semana -, por alguns minutos ou retire as pilhas/baterias sempre que possível. Pilhas/baterias em posições erradas ou sem serem requisitadas por um longo período de tempo podem causar avarias;
  4. Não utilize pilhas/baterias além da sua vida útil. Como dito anteriormente, é bem simples reconhecer quando uma pilha/bateria está no fim. Não as utilize além disso e lembre-se que mesmo as pilhas recarregáveis possuem um limite de ciclos que podem ser carregadas.

Descarte correto

Por fim, tratando-se ou não de equipamento de áudio, as pilhas/baterias devem ser descartadas da maneira correta, pois podem causar grandes danos ao meio-ambiente. Por isso, essas peças possuem locais específicos nos quais devem ser desfeitas, e NUNCA devem ir junto ao lixo comum. Assim, poderão ser tratadas da maneira correta pela autoridade sanitária. 

É provável que você já tenha visto esses lugares demarcados perto da sua residência. Em caso negativo, consulte a coleta de onde você mora e nunca se esqueça de separar e assinalar bem onde estão as pilhas/baterias que você não utilizará mais. O mundo agradece. 


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Nerau