Na penúltima live do Mundo da Música, evento digital para homenagear mulheres incríveis e talentosas, as convidadas foram as Djs Naah Ferraz e NAAT, que falaram sobre estilo musical, tipos de som, pandemia e muito mais.

A rio-pretense DJ NAAT é um dos maiores nomes da noite paulistana e foi eleita a 36° melhor DJ do Brasil pela revista Djane Mag Brasil. Ela é conectada com vários estilos musicais, o chamado Open Format, e vem conquistando cada vez mais espaço nos clubs do cenário nacional e nos eventos sociais e corporativos. 

A DJ Naah Ferraz é mineira de Belo Horizonte, toca progressive trance, representante brasileira de umas das melhores gravadoras de Israel, X7M RECORDS. Ela foi DJ revelação duas vezes pela revista DJ Sound e já se apresentou em grandes eventos como Ultra Brasil, Playground, Euphoria, Boombay, Spirit e Universo Paralello.

Estudo e pesquisa fazem a diferença, mas feeling é essencial

Naah acredita que o básico da música é preciso aprender, mas um ouvido bom é o que faz a diferença. “Você tem que entender o que é uma oitava, mas não precisa ser mega formado na música. O melhor treino é a pista, tocando e experimentando”, diz.

NAAT conta que a pesquisa musical também acrescenta no seu trabalho e como se considera uma artista mais eclética, acaba escutando muita coisa para aperfeiçoar o feeling.

Falando em feeling, dá uma olhada nesses talentos musicais que apresentamos ontem na terceira live da Semana da Mulher na Música.

É só apertar o botão?

Há quem ainda pense que quem toca só precisa apertar o play, mas as meninas explicam que há um universo de processos por trás do som. “Passo horas pesquisando músicas, versões e o que funciona na pista. Se você chegar para tocar em uma balada onde o público é de 2010, se você apresentar um trabalho focado em hits de 1990, talvez o pessoal não conheça”, explica NAAT.

Naah comentou sobre o preconceito que envolve as profissionais mulheres, o que também tem relação com o mito de “só apertar um botão”. “Alguns homens ainda pensam que uma profissional mulher só está lá porque é mulher. Quando comecei em BH, eram apenas duas Djs, o cenário era todo masculino”, conta. 

Estilos musicais e vertentes preferidas

NAAT é uma artista mais eclética e toca, além do eletrônico, música negra, funk e até sertanejo, dependendo do público do evento. “Quando você se abre para novos estilos musicais, mais portas se abrem na profissão”, explica. Naah tem a veia progressive trance e é a estrela de muitas raves pelo país, trabalhando com um público mais específico.  

A pandemia e o ritmo mais baixo de trabalho

Tanto Naah como NAAT afirmaram que estão tocando menos e mostraram preocupação com quem não está conseguindo se manter na pandemia. “Quando você pensa em um evento com DJ, é preciso entender que muitas pessoas estão por trás, não apenas quem vai tocar. Por isso, é muito complicado julgar quem quer e precisa trabalhar”, diz.

A DJ NAAT aumentou seu cachê em meio a pandemia e tem conseguido se manter mesmo nesse período difícil. As meninas também estão investindo em lives para dar continuidade ao trabalho. 

“Ano passado, em março, fiz um evento muito reconhecido na cena carioca, o que me deu mais tranquilidade para lidar com a diminuição das festas e eventos. Além disso, criamos lives, projeções e começamos a fazer outros núcleos de festas, o que ajudou muito também”, revelou Naah

“Em uma semana tive todos os eventos cancelados. Fui para casa da minha mãe, fiquei um período lá e só voltei quando as festas começaram a retornar. Porém, agora está tudo fechando novamente”, lamenta NAAT. 

Amanhã, no encerramento da Semana da Mulher na Música, a pianista Simone Rasslan fala sobre a profissão, como iniciou sua carreira e os projetos para o futuro.

A live será transmitida pelo nosso canal no YouTube, no Facebook e na Twitch. Então, inscreva-se e não perca!