Se você precisa comprar um Subwoofers para aplicação em sonorização ao vivo (em P.A. ou Monitor), este guia levará você à melhor compra. Se seu objetivo é Subwoofer para estúdio de gravação, teremos um material específico para essa aplicação em breve.

Mas, como sempre lembramos, comprar bem é fazer o melhor uso de cada centavo investido. Portanto, o Mundo da Música tem a tarefa de ajudar você a adquirir o Subwoofer mais adequado para seu uso, para que você tenha graves definidos e aprecie o seu som favorito.

Sabemos que os subgraves são complemento de caixas de altas frequências, por isso, se já tem as caixas de altas, será aconselhável ser preciso na compra. Isso garantirá a compatibilidade entre altas e baixas frequências.

Por que as caixas acústicas existem?

Bom, para quem ainda não ouviu um falante tocando música sem uma caixa acústica, deverá imaginar uma sonoridade, no mínimo, estranha.  Principalmente nas baixas frequências.

Um alto-falante costuma ser simétrico em seus movimentos, ou seja, naturalmente você ouve à sua frente algo muito semelhante ao que ouve nas suas costas. E, tratando-se de baixa frequência e o poder que esta tem de irradiar para todos os lados, uma pressão positiva da parte frontal do cone do alto-falante, gerando uma área de pressão para seu ouvido, se funde ao vazamento da parte negativa (traseira) do mesmo falante. E isso desfaz o todo trabalho.

A melhor forma de lidar com esse problema é enclausurar o que está atrapalhando dentro de um ambiente hermeticamente vedado. Nasce aí a caixa selada (Closed Box), conhecida também como Suspensão Acústica.

Ok. Mas, com isso, já se perde metade do trabalho executado do alto-falante para um ambiente em que não há ninguém para escutá-lo: o lado de dentro da caixa. Então, muda-se este tipo de construção para aproveitar o que foi desperdiçado.

Tipos de caixas de subwoofers

Um alto-falante que emite frequência acima de 300 Hz, arriscamos a dizer, praticamente não faz uso da caixa acústica para poder gerar essas frequências. Mas, claro, não levando em conta os outros tipos de controle do alto-falante que as caixa acústica nos traz.

Com o intuito de aproveitar essa energia desperdiçada, diferentes formas de construção podem aproveitar boa parte da energia enclausurada e proporcionam aumento significativo de desempenho nos graves. Vamos aos modelos mais encontrados no mercado.

Bass Reflex

Algo em torno de 80% (meio chute) é o percentual deste modelo de caixa de graves mais produzido pelo mercado. Talvez, versatilidade e facilidade de construção possam ser alguns dos maiores motivos para essa “afirmação”.

Também conhecida como Caixa Dutada, ela usa de uma comunicação entre os meios interno e externo para liberar toda essa energia “perdida”. Faz isso através de um duto (essa foi previsível!). Não encare o duto como um buraco na caixa, pois ele tem que ser calculado em todas as suas dimensões para cada volume interno de caixa e especificações de cada falante. Caso não seja feito desta forma, pode até atrapalhar o funcionamento do alto-falante.

Band Pass

Como o próprio nome sugere, ela trabalha como uma banda passante. Basicamente, ela é a mistura dos princípios de uma closed box com uma bass reflex. Costuma ter ótima eficiência e controle do falante, mas atua em um range muito específico de frequências. Ex.: de 40 Hz a 100 Hz. Isso faz o modelo não combinar com qualquer tipo de caixa de altas frequências, tornando-as adequadas para projetos mais específicos.

Horn

É comum vermos cornetas associadas a drivers de compressão para a região de frequências médias e agudas – entretanto, utilizando os mesmos princípios físicos existem as cornetas de graves. Mas, como era de se esperar, elas costumam ser maiores. Há algumas variações que podem se tornar caixas menores, mas ainda maiores se comparadas com as tradicionais bass reflex, por exemplo. O fato de ser corneta costuma melhorar muito a eficiência do alto-falante, por vezes, fazendo-o reproduzir mais graves do que os outros modelos.

Caixa de subwoofer modelo corneta (Horn)
Caixa de subwoofer modelo corneta (Horn)

Por que você precisa de Subwoofers?

Se você precisa reproduzir baixas frequências (algo abaixo dos 100 Hz), com eficiência e baixa distorção, você precisa de um subwoofer. As raras exceções são de música ambiente, comunicação em shoppings e aeroportos, um violão e voz para um bar, palestras em auditórios ou qualquer tipo de reprodução em que frequências baixas não sejam importantes. Para todas as outras, um subwoofer sempre será bem-vindo.

A adição deste componente, além do aumento de pressão sonora em uma região em que nosso ouvido não atua muito bem, libera (sempre através de um crossover) o trabalho árduo que as caixas de altas frequências têm em reproduzir os graves.

Mais uma vez, arriscamos: com um subwoofer, sua caixa de alta pode tocar melhor e mais alto. Melhor porque ela vai deixar de executar um trabalho que é muito difícil para ela. Mais alto porque, sem esse esforço extra, você poderá aumentar o volume com qualidade.

Subwoofers ativos ou passivos?

Primeiro algumas definições. Sistema ativo é aquele que possui um amplificador internamente na caixa acústica, podendo ele ser processado (ajustes de equalização e crossover) ou não. O passivo tem somente o falante e, em raras oportunidades, um crossover passivo simples para corte de altas frequências.

Subwoofer ativo e passivo

Tirando os produtos que usam, dentro do próprio subwoofer, a amplificação das altas frequências, a escolha entre um modelo passivo e ativo quase que independe tecnicamente. Então, quanto à escolha: você decide. Adquira o que for mais conveniente, sempre verificando os prós e contras mais comuns.

Subwoofer Ativo

Pró

  • Produto já amplificado;
  • Amplificador exato para a unidade ou conjunto de falantes;
  • Transporte facilitado.

Contra

  • Maior preço para aquisição;
  • Às vezes, mais pesado (dependendo da amplificação);
  • Cada caixa deve receber alimentação e sinal de áudio.

Subwoofer Passivo

Pró

  • Menor preço para aquisição;
  • Ligação de múltiplas unidades somente através de um cabo de sinal de áudio;
  • Já tem amplificador destinado para isso.

Contra

  • Precisa de amplificador externo;
  • Potência e impedâncias do sistema precisam ser adequadas ao seu amplificador;
  • Mais comum encontrar produtos com qualidade inferior (meio homemade, mal feito).

Como processar subwoofers?

Se você está adquirindo um sistema completo, que alguém previamente já estruturou o funcionamento de todos os diferentes tipos de caixas, relaxe e divirta-se com o novo sistema. Agora, você está adquirindo um subwoofer para adicionar a um sistema já existente, que antes não os tinha, é indicado se atentar a alguns detalhes.

Um bom processamento é fundamental para o uso correto de um subwoofer. Falamos inicialmente de crossover, que é o responsável pela divisão do trabalho entre o próprio subwoofer e as caixas de altas. Saiba que o resultado é sempre negativo quando temos muita sobreposição de frequência (sem crossover), ou seja, quando caixa de alta e sub “falam” as mesmas coisas. Isso pode causar cancelamentos e “embolamentos” sonoros.

Ter controle de intensidade e tempo na mão pode ajustar o seu sistema a um nível que ele funcione como se fosse um só transdutor. Para isso, você vai precisar ou de um bom crossover analógico ou, melhor ainda, de um gerenciador de sistema digital.

Preciso sempre de subwoofer grandes para ter bons graves?

No passado, essa relação era mais verdadeira. Hoje, com o avanço na produção de bons falantes em resposta de frequência e grande eficiência, juntando com bons projetos de caixas acústicas, já há graves profundos em caixas menores. Ou seja, no passado, “tamanho era mais documento”.

Ainda é mais fácil fazer um falante grande tocar bons graves. Mas, hoje, há ótimos subwoofers partindo de falantes de 12 polegadas. Não é raro encontrar um subwoofer de 8 polegadas para aplicações mais compactas.

Num passado não muito distante, se reclamava dos graves de 15 polegadas. Todos queriam os de 18.

Subwoofer pendurados ou no chão?

Há quem diga que o subgrave no chão rende mais. Em parte, estão certos. Se considerar o chão como um grande espelho de sons de baixa frequência, proporciona praticamente uma dobra de intensidade sonora pelo simples fato de estar no piso.

Mas, como não é conveniente, por vários motivos, deixar as caixas de altas no piso junto com eles, esse espaçamento entre tipos de caixas traz consequências negativas ao resultado geral do sistema. Podemos citar a instabilidade de volumes com o distanciamento dos ouvintes e cancelamentos sonoros na região de crossover, só para começar.

Uma das soluções para os problemas descritos acima pode ser pendurar os subwoofers juntamente com as caixas de altas. Isso trará um pouco mais de homogeneidade ao sistema.

Entretanto, como nem tudo são flores, isso também pode trazer alguns problemas. Você terá estrutura suficientemente forte para suportar o peso dos rechonchudos subwoofers? Você aceita menor eficiência em relação a melhor linearidade? Fica agradável esteticamente?

Avalie o que pesa mais na sua decisão e acredite: não será uma decisão errada.

Arranjo de subgraves

Quando lidamos com sistemas maiores, principalmente com maior número de subwoofers no mesmo sistema, a montagem em L e R convencional (empilhamento à direita e esquerda do palco ou altar) sempre gerará pontos críticos de cancelamento de frequência.

Arranjo de subgrave em L e R
Arranjo de subgrave em L e R

E, então, virá um cidadão, que está sentado em uma diagonal em relação ao centro do ambiente, reclamar que não ouve direito o baixo. Talvez, ao se aproximar de você, que está no centro acústico do sistema (mesma distância do lado esquerdo e direito do PA), ele note o contrabaixo em fase e desista da ferrenha cobrança. Se estiver cego – ou surdo – de raiva reclamará mesmo assim.

Acontece que, em um arranjo simples, de L e R, temos esses cancelamentos mesmo. É fisicamente natural. Para a solução desses problemas, e para agradar seu amigo baixista, há outras formas de montagem que podem minimizar esses problemas.

Um arranjo de subgraves mais elaborado pode distribuir melhor as baixas frequências em seu ambiente – desde a homogeneidade de intensidades em todo o ambiente, minimizando os cancelamentos significativos, até um direcionamento controlado de baixas frequências que, acreditem, é bem complexo de se obter.

Não é exatamente o que precisa para o momento, mas, quem tiver curiosidade, pesquise em fontes confiáveis sobre: graves cardióides, graves gradientes, arranjo straight, arranjo end fire, arranjo em arco acústico, arranjo em arco elétrico, entre outros arranjos. Certamente, terá uma opção melhor que o tradicional L e R para você.

Conclusão

O assunto subwoofer algo tão específico que nós, do Mundo da Música, decidimos tratá-los com uma “caixa de som especial”. Para quem não viu, temos uma guia de compra especial para caixas acústicas, mas não poderíamos abrir mão de tratar esse modelo em um artigo como este.

Se você já tem caixas de altas de marca e modelo com subwoofers correspondentes no mercado, dê preferência a eles. Caso não tenha, use todos os pontos que falamos acima para guiar-se rumo à melhor compra possível.

Você viu que o posicionamento muda bastante a sonoridade do sistema, principalmente se tratando de múltiplas caixas. Portanto, evite ser taxativo ao ouvir algum modelo de subwoofer por aí, avaliando-o como péssimo ou o melhor do mundo.

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