Caixa de som para baixo: saiba como encontrar o modelo perfeito

Escolher uma caixa para baixo passa um pouco por educar nosso próprio ouvido. Isso porque que as frequências produzidas pelo amplificador desse instrumento são mais graves do que quase tudo que costumamos escutar no nosso dia a dia.

Dessa forma, vamos listar alguns pontos importantes para você se atentar quando for escolher o parceiro ideal do seu baixo. 

Procurando a caixa para baixo

Está na fase de pesquisa e busca pelo equipamento perfeito? Então, observe os pontos a seguir.

Primeiramente, fique atento para a valorização do equipamento. Além de caber no seu orçamento, o preço deve fazer jus à qualidade do amp, claro. Mas além disso, confira também o status do produto no mercado. Escolha um amplificador que possa ser bem revendido caso um dia você queira trocar de equipamento. 

Além disso, você precisa pesquisar, ler, conferir o que seus ídolos e colegas indicam e, se puder, faça também um teste do equipamento. E, por fim, escolha um modelo compatível com a finalidade. Veja a seguir:

  • Estudo em casa: praticar no seu quarto sem isolamento acústico requer algo menor e prático, concorda?
  • Ensaio em estúdio ou pequenos shows: aqui você pode escolher por mais potência e possibilidades, mas tem o espaço limitado. O mesmo vale para gravações profissionais – nesse caso, o pré-amplificador, equalizadores e timbres são as coisas que mais importam. 
  • Shows grandes: encontre o timbre ideal, mas lembre-se que o amplificador serve para você e sua banda se ouvirem. Na verdade nem tanto, pois para isso existem os retornos, de fone ou monitores. O volume não precisa (e nem consegue) estar alto como se a platéia fosse ouví-lo. Para isso existem os PAs. O principal é alcançar no amp de palco o timbre desejado.

Configurações da caixa para baixo

Os cubos geralmente possuem painéis mais simples, com poucos filtros e entrada única. Então, a combinação cabeçote e caixa possibilita riqueza maior de efeitos e equalizador.

Mas, a depender do uso destinado ao baixo, o combo atende bem. Mais prático e fácil de carregar, está disponível em diversas configurações, mais objetivas ou mais detalhadas. Portanto, confira abaixo os modelos e as especificações mais populares. 

  • Cubos
    • Potência: 30 a 50 watts
    • Alto falantes: 10″
    • Equalizador: low e high
  • Combo
    • Potência: 80, 110 a 220 watts
    • Alto falantes:  15″
    • Equalizador: low e high
  • Cabeçote e caixa
    • Potência mínima: 350 watts.  

Caixa de 4 alto falantes de 10″ cada (com maior presença de médio agudas e médio graves) + uma caixa de alto falante de 15” (dedicado aos graves) na parte de cima. 

Gabinete de alto-falante

Como precisa reproduzir frequências graves, o alto falante do amplificador de baixo precisa ser grande, portado e se movimentar de dentro para fora. Além disso, o tamanho e o comprimento do tubo da porta mantém o alto falante estável nas frequências mais baixas. 

Tamanho do alto-falante

Importante entender que vários alto-falantes pequenos em um combo trazem uma sonoridade mais precisa. Por outro lado, um grande apresenta aquele som cheio e pesado.

Alto-falantes 

  • 2 x 10’’: suportam 100 e 200 watts (som definido e agudo).
  • 2 x 12’’: suportam 110 a 350 watts (mais médio-grave).
  • 4 x 10’’: suportam 300 a 700 watts de potência (presença de frequências graves. Portanto, é indicado para quem toca baixo de 5 ou 6 cordas).
  • 1 x 15’’: indicado pra usar no set com o 4 x 10″. Suporta 200 e 400 watts de potência. 

Classes 

As classes de amplificadores são distribuidas de acordo com a operação, eficiência e potência de saída. 

  • Classe A – fidelidade ao sinal. A válvula ou transistor conduz por 360 graus do sinal de entrada. Rendimento de 50%. 
  • Classe B – condução durante metade do sinal de entrada, ou seja, 180 graus. Rendimento de 75% e apresenta distorção. 
  • Classe AB – em termos de qualidade, está entre os amplificadores de Classe A e os de Classe B. Dessa forma, a condução do dispositivo de saída (válvula ou transistor) conduz um pouco a mais que 180 graus do sinal de entrada. 
  • Classe C – condução menor que 180 graus. No entanto, o rendimento fica acima de 75%. Usado somente em circuitos ressonantes (circuitos sintonizados) 

Detalhes para a escolha da caixa de som para baixo

  • Número de Canais: os canais duplos possibilitam o uso de diferentes cadeiras de efeitos alternados e controles de ganho. 
  • Equalizador: vai de 3 botões a um equalizador paramétrico com o gráfico completo de frequências. 
  • Construção: de acordo com especialistas, a melhor escola é a de amplificadores que possuam  tampas de canto de metal e telas de alto-falante. Como o grave faz a estrutura do equipamento vibrar bastante, tente encontrar um amplificador com estrutura sólida. 
  • Entradas passivas / ativas: perfeito principalmente para quem utiliza baixos com diferentes captadores ativos e passivos. 
  • Entradas balanceadas XLR: permite a microfonação de baixos acústicos.
  • Afinador integrado: alguns amplificadores de baixo oferecem esse recurso conveniente, geralmente com um display que permite a você sintonizar silenciosamente no palco.
  • Fonte de alimentação: uma boa é adquirir uma fonte comutável, pois ela evita transtornos em sistemas elétricos variados. 
  • VU, medidor de clipping ou LEDs: ajuda o instrumentista visualizar o nível de saída do amplificador. Importante principalmente no palco. 

Além disso, alguns amplificadores possuem conector para foot switch, afinador embutido e interruptor de mudo. São recursos encontrados também em pedais. 

Caixa Acústica

Entretanto, se você optou por combinar um cabeçote com uma caixa, preste atenção nessas dicas, para encontrar a caixa acústica ideal.

Impedância

Primeiramente, busque entender a impedâcia. Tem a carga medida em Ohms (ômio). Os equipamentos de áudio costumam ser compatíveis com 4 Ohms ou 8 Ohms. Então, para evitar hummig ou distorções, o ideal é que todos usados por você tenham a mesma impedância.  

Potência

É importante conhecer as unidades de medida de potência para ter certeza de onde chega o amplificador. Dessa forma, a unidade watts RMS indica a potência linear mantida pelo equipamento em baixo nível de distorção e dentro do espectro audível pelo ouvido humano. O número de potência PMPO mostra o pico elétrico de potência aplicada no alto-falante, não o que é convertido em som. Portanto, não se engane, vá pelo RMS!

Volume de resposta

Por fim, temos o volume de resposta, que é expresso em decibéis (DB). Representa o nível da altura do volume. 

Conclusão

Em conclusão, agora ficou mais fácil escolher a sua caixa para baixo, não é mesmo? Escolhendo o modelo que você precisa, você terá mais chances de  chegar ao som que você quer! Então, fique de olho nas nossas dicas e ouvidos abertos para achar a caixa de baixo perfeita!

Se ainda tiver dúvidas, acesse nosso Guia de Compras para caixas acústicas, no botão abaixo.


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Nerau