Música internacional dos anos 90

Primeiramente, vamos combinar que é quase impossível fazer uma lista de músicas sem ter uma boa pitada de gosto pessoal. E, pessoalmente, eu sempre gostei mais de música internacional dos anos 90. Acho que é uma ligação bem forte que começou com meu pai e as preferências dele e, posteriormente, passou pelo que fui impactada durante a minha infância e pré-adolescência.

Portanto, mais do que fazer uma linha do tempo e abordar “academicamente” o que rolou na época, dividi este texto em três categorias que são, até hoje, meus estilos preferidos e que embalam uma parte de todos os meus dias.

Hora de falar sobre pop, grunge e eurodance!

O pop das boybands e girlbands

Eu tinha oito anos quando a febre das boybands chegou ao Brasil. O gosto foi imediato. Vivi, respirei e quase enlouqueci com os vídeos elaborados dos Backstreet Boys, o humor do N’Sync, a rebeldia do 5ive e as harmonias vocais dos irmãos Hanson. Quem nunca teve esse amor infantil por uma banda ou músico, que atire a primeira pedra.

O Rei do Pop se mantinha extremamente relevante, nos dando presentes revolucionários, como o videoclipe de “Black or White”. Em 1995, Michael Jackson veio gravar o vídeo de “They Don’t Care About Us” na companhia do Olodum, no Pelourinho, na nossa belíssima Salvador (BA).

Juntamente com os meninos que se tornaram crush, ainda sem que esta palavra fosse popularizada, veio o conceito de girl power. Cinco mulheres britânicas se tornaram uma grande obsessão, em quem muitas de nós, pequenas meninas, nos espelhávamos. Eu tinha pastas e pastas com fotos, pôsteres e reportagens sobre as Spice Girls.

E, falando em mulheres, Christina Aguilera e Britney Spears começaram suas carreiras para se tornarem as lendas que hoje são, enquanto Madonna fazia Evita ou lançava o álbum “Ray of Light”.

Minha infância, como a de muitas pessoas da minha idade, foi moldada por essa galera. Até aprendi a falar inglês por causa deles. Thank you!

O grunge e a adolescência

Está certo que eu conheci o grunge bem depois do lançamento dos álbuns mais famosos da era, como “Ten”, do Pearl Jam, ou o irretocável “Nevermind”, do Nirvana. Kurt Cobain se foi em 1994, mas somente lá por 2003 ganhei meu primeiro CD de Rock – e ainda era o MTV Unplugged do Nirvana, bem mais leve.

Porém, é claro que, na transição da infância para a adolescência, peguei gosto e fui procurando tudo. Conheci, assim, Alice In Chains, Soundgarden e Mudhoney. Sua sonoridade e influência na moda se tornaram minhas referências preferidas, até hoje.

Na batida do Eurodance

Para mim, o Eurodance ficou no meio disso tudo, convivendo com o pop e o grunge no meu imaginário. O estilo tocava nos programas de TV, no clube onde meu pai me levava tomar banho de piscina, no carro, no rádio e, principalmente, em novelas como “De Corpo e Alma”, que mostravam o “Clube das Mulheres”.

Tinha rap, tinha vozes femininas incríveis, uma batida que acelerava o coração. Aquilo me anima até hoje, surpreendentemente! E, depois de descobrir que a cantora Corona, de “Rhythm of the night” é brasileira, isso se tornou ainda mais divertido.

Grandes exemplos do estilo são Vengaboys, Aqua, Alexia, La Bouche, Snap!, Culture Beat e Scatman John (aquele do “Ski-Ba-Bop-Ba-Dop-Bop”).

Claramente, o produtor musical e compositor sueco Max Martin teve uma influência incrível na minha formação musical, já que muitos hits de diversos artistas citados neste texto tiveram, pelo menos, um dedinho do hitmaker. Então, finalizando um depoimento rápido e apaixonado pela música internacional dos anos 90, deixo abaixo um vídeo que mostra muitas das músicas produzidas por Max Martin – que segue na ativa até hoje.

Texto por Tuanny Honesko, do Mundo da Música.


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