Minha história com a música: Carlos Pinto

Toda criança/adolescente começa a construir vínculos com um grupo específicos de amigos desde suas primeiras interações. Muitas dessas vem dos anos iniciais da escola, do bairro, ou quadra em que morava e por onde passou essa época. No meu caso, foi praticamente os três ao mesmo tempo.

Claro que um grupo, por mais homogêneo que seja, tem suas diferenças, mas isso é minimizado por ajustes sempre em busca do bem comum dentro do próprio grupo. E, quando falamos de música, procuramos ouvir sempre o que agradava a maioria. Então, no meu caso, aqui no Sul, o que era comum em todos os churrascos eram as músicas gaúchas de baile da região. Como se não bastasse ouvir, fiz um curso de “dança de fandango” para provar que entendia do assunto. Na verdade, foram três.

Minha história com a música: Carlos Pinto

Logicamente, além de ir aos bailes mencionados acima, um amigo aprendeu a tocar violão, outro se animou e comprou um também, outro decidiu comprar um baixo, uma gaita. E só faltava um baterista. Não, não fui eu! Outro amigo foi induzido/forçado a assumir a tarefa. Fiquei só cantarolando mesmo. Passaram os anos entre escola, trabalho e uma videolocadora que era de um tio, taekwondo, futebol com os guri, mais bailes e música.

O nascimento do técnico de som

Ensaios/reunião de amigos os finais de semanas e, tempos depois, a banda (grupo como aqui chamado) já tinha até um nome e uns equipamentos. “Legal esse lance de equipamentos”, pensava eu. A falta de talento para cantar, mesmo com aulas de canto, aos poucos, foi transformando a tarefa de quem mais se envolvia (ou tinha interesse) com montagens e desmontagens, por um certo prazer e curiosidade de fazer esse trabalho. Nasceu ali, auxiliado pela falta de talento com as cordas vocais, um técnico de som.

Minha história com a música: Carlos Pinto

Com o intuito de melhorar minha capacidade técnica, fui aluno da primeira turma da primeira escola de áudio do Sul do Brasil (o IGAP). Depois do curso que mudou a minha forma de enxergar as coisas no que seria minha futura profissão, comecei meus trabalhos com outras bandas (mais experientes e com sistemas de maior porte) por toda a região Sul.

Mais estudos, passam-se os anos e, então, eu entrei para ministrar prática de equipamentos na mesma escola em que estudara. Mais estudos, comecei a ministrar teoria de equipamentos. Ainda sem me achar, de fato, apto para ensinar em sala de aula, comecei um curso superior em física (ainda inacabado). Com um pouquinho mais de segurança, comecei a ministrar teoria de áudio.

Entrei para a sociedade da escola, cuidando de tarefas administrativas, aulas, eventos nos finais de semana dos mais diversos tipos (música gaúcha de baile, nativista, rock, teatro, técnico de casa de shows locais atendendo à cena musical de Porto Alegre), mais aulas, e demais trabalhos sempre na área do áudio – como projetos de sonorização e afins, para ganhar meu sustento com o que eu amo.

Minha história com a música: Carlos Pinto

O Mundo da Música

Então, em um dos meus treinamentos ministrados em parceria com uma loja na cidade de Novo Hamburgo (Palácio da Música), tive como aluno o Diogo. Até então, só um aluno Diogo. Findou-se o curso. Após algumas semanas, recebi um contato desse menino com a ideia de me trazer uma proposta para ajudá-lo a escrever para um blog e organizar o início do portfólio de produtos para um marketplace que irá mudar a forma de consumo de equipamentos de áudio e música no Brasil.

Convencido pela fala de quem pensa muito parecido comigo quando o assunto é mercado de áudio, combinei um trabalho paralelo à escola, onde ainda ministro curso, e iniciei minha caminhada ao lado que gente muito talentosa que hoje aqui estão e que virão a estar neste grande projeto ao meu lado. Deste então, com muita alegria e orgulho, bato no peito e digo: hoje eu sou do Mundo da Música.


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Nerau