Se você precisa comprar um fones de ouvido, creio que este guia levará você à melhor compra. Lembre-se sempre de que comprar bem é fazer o melhor uso de cada centavo investido.

O Mundo da Música tem a tarefa de ajudar você a adquirir o fone de ouvido mais adequado para seu uso, seja você um profissional ou, até mesmo, um(a) apaixonado(a) por música querendo apreciar o seu som favorito.

Inicialmente neste texto, livre de marcas e modelos, vamos aprender um pouco mais sobre esses equipamentos da sua forma mais pura. Mais à frente, falamos sobre os modelos sem fio, suas conectividades e demais tecnologias. Vamos lá!

Tipo de construção de fones de ouvido

Tirando o fato de que todos eles são feitos com a finalidade de levar ondas sonoras de forma direta aos ouvidos sem precisar passar pela acústica do ambiente, os fones de ouvido podem ser bem diferentes entre si.

Cada uso dado a um fone pode mudar o modelo a ser comprado. Por isso, precisamos iniciar pela sua construção, até você ter certeza do modelo certo a comprar.

Fones de ouvido: Over-Ear
Over-Ear (Circunaural)

Over-Ear (Circunaural) – também encontrados por aí como Around the Ear, são os maiores em tamanho de sua construção. Envolvem completamente a orelha dando conforto e, muitas vezes, vedando ruídos externos com grande eficiência. Tendem a ser os mais sofisticados quando buscamos fones profissionais e podem receber transdutores (alto-falantes) de dimensões maiores que os demais.

Fones de ouvido: On-ear
On-Ear (Supra-aural)

On-Ear (Supra-aural) – são fones de tamanhos menores se comparados com o modelo anterior, e ficam em contato direto com suas orelhas como base de apoio. Seus transdutores, geralmente, não são tão grandes, mas isso não é um problema. Muitos acham não tão confortável, mas a portabilidade pode ser um ótimo atributo do modelo. Possui boa capacidade de vedação quando construído para este fim.

Fones de ouvido: In-Ear
In-Ear

In-Ear – febre do momento para palcos limpos (sem caixas de retorno), têm sido os mais badalados e com novas marcas e modelos de produtos chegando ao mercado. Pequenos, quase invisíveis, com grande qualidade sonora vinda de seus múltiplos drives (falantes pequenos) e muito, mas muito, pessoais – dada higiene necessária. Podem, até mesmo, ser moldados personalizadamente ao seu ouvido. Talvez a maior variação de função e, também, de preço passe por esse modelo.

Fones de ouvido: earbuds
Earbuds

Earbuds – muitos os chamam de in-ear. De fato, isso não está errado, por ser interno à sua orelha. Entretanto, como ele não é exatamente “plugado” em seu ouvido, como o in-ear, recentemente foi tratado como uma nova categoria. Um pouco mais abertos e, relativamente, sem a necessidade de ser pessoal (sempre com uma limpadinha básica, é claro) são ótimos fones para consumidor comum. Ainda são pouco vistos em palcos, todavia.

Fones de ouvido abertos ou fechados?

Ainda que o assunto faça parte de sua construção, se aplica praticamente a todos os formatos descritos acima, é melhor tratar este assunto como um capítulo à parte em nossa conversa. Sua aplicação fica muito mais evidente nos formatos Over-Ear e On-ear.

Abertos – são fones cuja parte “traseira” do alto-falante é aberta ao ambiente. Não é regra, mas costumam ser mais lineares em resposta de frequência justamente por não terem uma “caixa acústica” em suas costas com todas as reflexões que colorem o som do fone. O fato de serem abertos fazem ouvir mais o mundo exterior no caso de estar em um palco tocando ao vivo com sua banda, dando uma melhor noção de ambiência. Porém, isso pode ser negativo, se é justamente isso que você não quer. Em um estúdio de gravação, é comum no ouvido do técnico, mas não muito indicado no ouvido do músico para não vazar som do click em sua gravação, por exemplo.

Fechados – em contraste com o anterior, são fones selados na sua parte traseira. Dessa forma, isolará você do mundo à sua volta, e pode até dar mais pressão sonora em alguma região dos graves, se isso agradar a você, é claro. Possuem mais coloração em alguns modelos, em virtude da presença de “caixa acústica”, mas podem deixar você imerso em um som sem ruídos externos significativos, devido à sua alta capacidade de isolamento.

Semiabertos – e por que não semifechado? Bom, semelhante a ótica do “copo meio cheio ou meio vazio”, ele é a metade do caminho entre o aberto e o fechado. Simples assim. Se serve para você, ótimo!

Tipos de transdutores (“alto-falantes”)

Dinâmicos – tem sua construção idêntica a de um alto-falante convencional, só que de forma miniaturizada. Uma bobina enrolada com um fio condutor fica imersa em um campo magnético fixo (um ímã) e, a partir do sentido corrente elétrica dentro dessa bobina, um cone ou membrana presa a ela, é expelida para fora e puxado para dentro de acordo com o sinal elétrico que chega a ela. O tipo de transdutor mais comum presente em todos os tipos de fones descritos acima.

Armaduras balanceadas – com funcionamento muito semelhante a um drive dinâmico, como explicado acima, ele tem o seu tamanho mínimo como sua principal virtude. Como “defeito”, seu curto range de resposta de frequência faz dele pouco indicado para trabalhos sozinho. Este problema pode ser facilmente solucionado com múltiplas unidades, já que são bem pequenos, com trabalhos diferentes entre unidades, gerenciados por um crossover interno.

Eletrostáticos – estes sim têm um funcionamento bem diferente dos citados acima. Uma fina membrana condutora polarizada por cargas elétricas se move entre dois condutores em forma de tela. Eles variam sua polaridade conforme o sinal elétrico que chega até eles, gerando uma força magnética que ora empurra, ora puxa a membrana entre eles. Toda essa diferença na prática gera baixíssima distorção e clareza em resposta de frequência em todo o espectro auditivo – às vezes, além dele. Obviamente, essa qualidade tem seu preço: caro.

Planar-Magnéticos – a melhor definição é dizer que ele está entre o Dinâmico e o Eletrostático. Sua construção é no intuito de usar o melhor dos dois mundos, com graves poderosos e agudos claros e limpos. Como são construídos com grandes quantidades de imãs, costumam ser pesados e caros.

Impedância

Exatamente como a relação entre um amplificador e um alto-falante, temos a relação entre um fone de ouvido e seu amplificador. Às vezes, esse amplificador tem sua existência esquecida por muitos, pois, devido à necessidade de baixíssima potência, ele é miniaturizado e colocado dentro do seu equipamento sem que você perceba. Sim, mesmo invisível aos olhos, toda saída de fone de qualquer equipamento eletrônico possui um amplificador.

Pense que, quanto maior for a impedância, maior é o “impedimento” à passagem de corrente elétrica. Com isso, menos movimento e, dessa forma, menos volume sonoro. Você deve escolher seu fone por impedância. Longe disso. Contudo, se ouvir um fone com mais pressão sonora que outro, pode ser esta a explicação. Certamente, não tem relação alguma com a qualidade sonora do fone. Se você precisa de mais volume, aumente o volume. Simples assim.

Resposta de frequência

Quanto maior o range de resposta de frequência, melhor. Assim sendo, você ouvirá dos graves mais “profundos” aos agudos mais “brilhantes” de forma completa e plana. Nem sempre toda essa extensão será útil a você.

Só para exemplificar:

  • sou um cantor e quero comprar um fone in-ear para ouvir somente minha voz com a máxima clareza possível. Logo, um fone que reproduza de forma plana acima de 80 Hz já seria o suficiente.
  • sou um baixista ou baterista que gosta muito de ouvir meu bumbo. Deverá ter boa resposta acima de 40 Hz, sem dúvida.

Fones de ouvido em moldes personalizados

Alguns fones profissionais in ear podem ser montados em moldes feitos para seu ouvido, como dito anteriormente. Você tira esse molde em uma empresa especializada, envia-o à empresa dos fones, eles colocam os transdutores e demais recursos dentro de um invólucro que foi confeccionado a partir do seu molde, e pronto! Você tem um fone ergonomicamente construído para seu ouvido. Isso garantirá conforto, estabilidade (o fone que teima em cair), vedação, sem falar na qualidade do áudio, principalmente.

Fones de ouvido: Moldes personalizados
Moldes personalizados

Se você é um músico ou técnico/operador que precisa muito trabalhar com monitoração por fones, passe a pensar com carinho nessa ideia!

Conectividade sem fio

Neste ponto, não estamos mais falando de fones para aplicação profissional. Se precisa se livrar de cabos, profissionalmente, precisa de transmissores e receptores específico para este fim. Aqui, falamos de utilizações mais simples, como a transmissão por bluetooth.

Sabemos que o bluetooth tem distância pequena de transmissão, mas, para o que ele se propõe, é mais do que suficiente. Som do celular que está em seu bolso aos fones que estão em seus ouvidos: um metro? Talvez até menos. Lógico que o limite útil não é tão pequeno, mas já dá para perceber que são funções bem diferentes.

Canceladores de ruídos (Noise Cancelling)

Também um atributo da linha consumer de fones de ouvido, só que, desta vez, dos modelos mais “premium”. O cancelador de ruído tem a função de baixar ainda mais o ruído de fundo do ambiente.

É feito através de um circuito ativo (portanto, alimentado) que faz o transdutor do fone produzir a pressão inversa do que chegaria de forma direta ao seu ouvido. Um microfone na parte externa para captação do sinal e um pequeno amplificador trabalhando em polaridade invertida em relação ao sinal sonoro natural são os responsáveis por esse feito.

Outros tipos de fones

Gamer – um fone de ouvido do tipo over-ear ou on-ear com um microfone do tipo Headset embutido. Tem a função de ouvir com qualidade o áudio de jogos, enquanto se comunica com jogadores online através do microfone. Com cores, construções e valores bem variados, até mesmo as marcas mais famosas e conservadoras estão lançando suas linhas gamer.

Esportes – estes fones são construídos sempre com o intuito de estabilidade em seus ouvidos, até para o sprint final de sua corrida. Alguns com resistência à água (e suor), sempre indicados pela sigla “IPX” com algum número no final, o que indica o grau de resistência a água. Alguns com cabos, alguns com conectividade bluetooth, mas sempre voltados à prática esportiva.

Conclusão

Em conclusão, o objetivo deste texto é tratar especialmente de fones para profissionais de estúdios, profissionais do som ao vivo, músicos, DJ’s e demais pessoas que utilizam os fones como parte de seu trabalho. Mas isso é impossível dentre tantas possibilidades do mercado, atualmente, não falar sobre parâmetros que são encontrados em fones consumer (feitos para o consumidor “amador”). Então, citamos conectividades entre outros parâmetros, que dizem respeito a esse público.

Vemos no mercado praticamente uma mistura entre funções. Fones “profissionais” no ouvido do cara do banco da frente no ônibus, bem como bons fones voltados a amadores da boa música em palcos e estúdios.

O importante é que ele atenda à sua necessidade, não importando o logo que está estampado em sua carcaça. Se foi comprado com consciência de suas características (defeitos e virtudes), está tudo certo!

Segue abaixo, então, uma lista de possibilidades que o mercado nos oferece. Clicando nelas, você acessa nossa loja, verá preços e condições dos produtos oficiais.

Fones de ouvido mais vendidos

(Lista em breve)