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Ju Farias, 29/05/2020
A trilha sonora de um filme é tão marcante quanto o enredo da obra. Prova disso são os inesquecíveis “Alice no País das Maravilhas”, “Aladdin”, “Titanic”, “Peixe Grande e suas Histórias Maravilhosas”, “A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça” e tantos outros.
Para aprofundarmos o assunto, precisamos falar de Daniel Robert Elfman ou Danny Elfman – o mestre das melodias icônicas e marcantes -, que comprova a teoria de que a trilha sonora pode deixar sua marca para sempre, como fez em “Os Vingadores” e “Os Simpsons”, por exemplo.
Em comemoração ao aniversário de Elfman, vamos falar sobre sua história e importância para o cinema mundial, além de suas criações mais marcantes de todos os tempos.
Se você é apaixonado por som e cinema, certamente vai se identificar com este artigo que o Mundo da Música preparou para você. Juntos, vamos relembrar grandes sucessos da telinha e, claro, conhecer um pouco mais sobre esse mundo mágico da trilha sonora.
Cinema mudo: como tudo começou
A trilha sonora sempre esteve presente nas películas cinematográficas. O acompanhamento de orquestras ou pianos na época do cinema mudo foi o primeiro passo para a conjunção perfeita entre o vídeo e a música.
É isso mesmo: no cinema mudo, havia um pianista nas salas criando o clima para as cenas, usando o improviso para as mais diversas emoções e sentimentos necessários para dar vida às tramas.
Nas salas mais afortunadas, ocupadas pela mais nobre sociedade, era possível até encontrar orquestras inteiras tocando para o filme. Mais tarde, o ao vivo foi substituído pela incorporação de uma faixa de áudio para acompanhar a obra.
O mestre dos magos das trilhas
Precisamos falar de Danny Elfman, certo? O compositor possui um vasto catálogo de composições para o cinema, incluindo os filmes da franquia de “Cinquenta Tons de Cinza”, “Homens de Preto”, “Missão Impossível” e “O Grinch”, com o fantástico Jim Carrey.
Por ironia do destino, a música causou danos permanentes em sua audição, mas isso não foi o suficiente para que ele abandonasse a paixão pelas trilhas. Nativo de Los Angeles, o ruivo – como é conhecido, segue até hoje sendo um dos mais ativos compositores para cinema de Hollywood.
Elfman também foi vocalista e líder do grupo pop new wave Oingo Boingo, que vendeu milhões no mundo inteiro entre os anos 80 e 90. Porém, é no cinema que ele escreve seu nome. “Edward Mãos de Tesoura”, “72 Horas”, “Hulk”, “O Lobisomem”, “Planeta dos Macacos” e “Prova de Vida” são outras obras-primas do americano.
Para vocês terem uma ideia, o cara é tão talentoso que criou a trilha da família mais famosa da televisão: “Os Simpsons”. A música, criada em 1989, é apresentada em cada início de episódio e já está há 25 anos na televisão.
Coringa e a melhor trilha sonora de 2020
O que seria do Coringa sem a sua trilha sonora? O maior inimigo do Batman, vivido por Joaquin Phoenix, ficou ainda mais brilhante com “Smile“, composta por Charles Chaplin e “White Room“, música do Cream.
Sem dúvida, os filmes não seriam os mesmos sem as músicas que acompanham as melhores partes da nossa história preferida. Será que é por isso que o Oscar tem uma categoria só para premiar as melhores trilhas sonoras?
Aliás, falando em Oscar e Coringa, o sucesso de público e crítica à sua trilha sonora deu para uma musicista, violoncelista e compositora islandesa a estatueta esse ano. Hildur Guðnadóttir foi a 4ª mulher a ganhar um Oscar na categoria.
Top 10 trilhas da história do cinema
É difícil escolher as melhores no meio de tanta trilha importante. Porém, algumas músicas marcaram a história do cinema e estarão para sempre no top 10. Um bom exemplo é a Marcha Imperial de Star Wars, pois até quem nunca viu os filmes já sabe que a música é deles.
Nesta lista poderosa, também podemos citar o hit “Summer Nights” que consagrou John Travolta e Olivia Newton-John em Grease; o tema de “Batman – O Retorno” e “O Estranho Mundo de Jack”, ambos feitos pelo mestre dos magos Danny Elfman.
E como não falar de Whitney Houston em “O Guarda-Costas”? A cantora deu nova vida às canções “I Will Always Love You” e “I’m Every Woman”, duas das trilhas mais importantes do cinema. Vale lembrar que o álbum do filme foi um dos mais vendidos do mundo.
“Pantera Negra”, “Maria Antonieta”, “Guardiões da Galáxia”, “Johnny & June”, “Em Ritmo de Fuga”, “Aladdin”, “A Lista de Schindler”, “Homem Aranha”, “Mary Poppins”, “O Rei Leão”, “Pulp Fiction”, “Kill Bill” e “As Grandes Aventuras de Pee-Wee” também fizeram história.
Melodia, som e Danny Elfman: a trilha sonora é a alma de um filme
Muita coisa mudou do cinema mudo para cá. Porém, o uso da música para ajudar na narrativa continua da mesma forma. Aliás, diretores renomados só recorrem aos grandes maestros ou músicos para a composição original de suas obras.
A tecnologia permite que a trilha sonora reforce o visual da cena, deixando tudo mais vivo e intenso. A alma do filme está na música que toca o espectador e no gatilho emocional que a melodia dispara.
O cinema se aproveita desse recurso e aposta na paixão que a música proporciona. E, quando um diretor consegue escolher a música certa para a cena certa, é que a magia acontece.
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