Um mundo sem música, como seria?

Música é expressão, é arte, é ciência e também religião. Um mundo sem música significa muito mais do que apenas não poder ouvir aquele artista que você tanto ama. Isso porque cada área citada possui diversos exemplos que tornam impossível imaginar como seria um mundo sem música, não apenas para nós, seres humanos, mas para toda a natureza.

Atividades corriqueiras como fazer uma faxina, orar na igreja ou assistir a apresentação de um artista são apenas algumas das formas na qual nos relacionamos com a música. E se não consegue se imaginar vivendo sem isso, saiba que sem a música provavelmente nossa espécie estaria muito menos evoluída. Vem com o Mundo da Música!

O surgimento da música

Muito antes dos humanos, o planeta já pulsava música, seja do mar, da chuva ou da infinidade de sons da natureza. Os pássaros, por exemplo, cantam para chamar a atenção de pretendentes ou para afastar predadores, já as baleias, usam de seu canto – ou “canção”, como é chamado – para se comunicar em longas distâncias. 

Já no caso dos humanos, as primeiras formas de se fazer música vieram por meio do próprio corpo, batendo palmas ou emitindo sons com a voz. De acordo com pesquisadores, os primeiros registros de instrumentos musicais datam de, aproximadamente, 53 mil anos atrás, com base na descoberta de flautas de ossos que remontam a era paleozóica, período quando os neandertais caminhavam sobre a terra.

Mas, para que serve a música?

Apesar de serem notáveis musicistas, os humanos não possuem uma função específica para a música. Teorias antigas, como a do astrônomo e matemático Pitágoras (século 5 a.C), dizem que a música é responsável por conduzir a ordem dos humanos com o Universo, enquanto pesquisas mais modernas apontam o evolucionismo do biólogo Charles Darwin como a resposta para o questionamento. 

Darwin afirmava que a música é decisiva para a escolha de parceiros sexuais, de modo que eles seriam atraídos pelos mais habilidosos cantores. Apesar de bastante lógica, a relação seria semelhante a o que muitos animais já fazem, e não se sustenta pela simples explicação de que grande parte dos humanos não é formada por músicos e nem precisou de tais habilidade para se expressar ou relacionar. 

Se a humanidade superou o canto como forma de expressão por meio da fala, por que ainda utilizamos a música? A resposta é simples: gostamos de manifestar sentimentos através da música. Exemplos disso podem ser notados na percepção de como os acordes expressam sentimentos como alegria (acordes maiores) ou tristeza (acordes menores). 

A religião em um mundo sem música

A espiritualidade e as relações com o divino foram uma das primeiras formas de conexão dos humanos com a música. O termo “música”, por exemplo, origina-se do grego e diz respeito à habilidade artística das musas, personagens da mitologia dos Deuses do Olimpo. Elas eram capazes de executar melodias, ritmos e harmonias com maestria e por isso serviam de inspiração para os artistas. 

Podemos citar muitos exemplos de como a música e a religião se conectaram durante os tempos. Enquanto as religiões de matriz africana utilizam atabaques e tambores em seus ritos, os povos indígenas utilizam a música para se conectar com seus deuses. Dentro das religiões cristãs, o gospel e o canto gregoriano encontram maneiras para sentir e expressar emoções impossíveis de alcançar com a fala. 

Existem inúmeros exemplos de como a música se relaciona com o mundo. Por meio de canções contamos histórias para as gerações futuras, ultrapassamos fronteiras, quebramos preconceitos e nos conectamos. Imaginar um mundo sem música requer questionar como teríamos chegado até aqui sem ela. 

Enquanto houver música, haverá mundo! 


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Nerau